Em meio a tanto assistencialismo desinteressado ou não, pude ler hoje 19/11 no site R7 que está em votação o Vale Cultura que será oferecido pelo governo federal.
Serão 60 milhões de reais destinados à compra de livros, CDs, DVDs, ingressos de cinema, espetáculos, shows etc. “O governo federal e o MinC (Ministério da Cultura) acreditam na força dessas projeções econômicas e financeiras para convencer o Senado a aprovar o Projeto de Lei da Câmara nº 221/2009, que prevê a instituição do Vale-Cultura no país.” O sistema é parecido com o vale transporte ou alimentação já existente em nosso país. As empresas interessadas se cadastrarão e fornecerão os dados de seus funcionários. Para quem ganha até 05 salários mínimos o valor será de R$ 50,00 podendo ou não ser aceito pelo trabalhador. No caso de aceitação o empregador poderá optar por descontar nos rendimentos mensais do empregado 10%. Para salários acima desse teto, o desconto será de 20 a 90% desse valor. “Os levantamentos do IBGE mostram que 87% dos brasileiros não freqüentam cinemas, 78% jamais foram a um espetáculo de dança, 93% nunca visitaram uma exposição de arte e 96% não sabem o que é um museu. Apenas 17% compram algum tipo de livro. Consumo cultural ainda é um luxo para uma elite que representa menos de 20% da população.” Porque será então que o governo se vangloria com os dados do INEP? O empresário que aderir a esse projeto poderá descontar até 1% no imposto de renda anual, e dividir com o governo os gastos operacionais. No Brasil há 12 milhões de empregados com carteira assinada, desse total 9 milhões ganham até 5 salários. O processo de aprovação está na casa em regime de urgência. Jogada eleitoral ou não, acredito que esse vale trará para a população um pouco mais de cultura, possibilitando assim um futuro mais digno a todos. A aprovação do projeto já foi feita na câmara dos deputados, resta-nos aguardar para que o senado e a presidência da república.
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